E por mais que meus líquidos vazem
A cada sol, em sal se recompõem
Pondo-me novamente no turbilhão
De cheia e vazante e marés infindas
Ondas e ondas e ondas que engolem
E vomitam espumas de fel, de mel
De ar, de céu, de sol, de terra, vento
E o alento que me cobre é essa brisa
Serena e morna que vem, toda tarde,
Sem fazer alarde, beijar a minha alma,
Lavar a minha boca e me devolver
À luta de mais uma noite e um dia
Contra essa doce agonia que é ser Mar
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